quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A culpa é mesmo da EDP

"Na noite de 13 para 14 de Janeiro, e durante várias horas, o município de Vila Nova de Poiares sofreu constantes cortes de iluminação, tanto nas habitações como na via pública, paralisando o sector empresarial e alterando o normal funcionamento do quotidiano das populações", refere, em comunicado, o presidente da autarquia.

"Como se compreende, imediatamente começaram a chover telefonemas para os bombeiros e destes para o seu comandante, também Presidente da Câmara Municipal, querendo saber o que se passava, uma vez que já haviam feito centenas de chamadas telefónicas para o número que a EDP tem disponível para reclamações e para reportar avarias, sem que tivessem obtido qualquer resposta, porque do outro lado da linha ninguém respondia", acrescenta.

Na nota, o autarca alude também a um problema numa linha de alta tensão, "a faiscar alternadamente entre determinados períodos de tempo", situação potencialmente perigosa e que poderia ser a origem dos cortes.

"Imediatamente tentou, de forma insistente, entrar em contacto com os serviços da EDP, através do número disponível, o que se revelou absolutamente impossível, fazendo com que o Presidente da Cmara Municipal, principal responsável pela Protecção Civil Municipal, se sentisse completamente impotente em todo o processo e sem respostas para os seus munícipes", adianta. Jaime Soares refere ainda que fez também contactos para a Protecção Civil distrital, tendo sido igualmente remetido para o mesmo número. "O presidente da Câmara tem contactos privilegiados com a EDP, poderá ter existido algum problema [pontual] de contacto", disse hoje João Paulo Amaral Gouveia, das Relações Exteriores da Direcção de Rede e Clientes Mondego. De acordo com este responsável, "o director da Direcção de Rede e Clientes Mondego da EDP já contactou o presidente da Câmara e qualquer mal-entendido está ultrapassado".

"Não conheço a situação em particular, mas nessa noite houve problemas devido ao forte vento, sobretudo em zonas arborizadas. Não sei se centenas de pessoas tentaram contactar a EDP mas, em situação de crise, as chamadas entram pela ordem de chegada ao 'call-center'", adiantou.

De acordo com Jaime Soares, "o que sucedeu a Vila Nova de Poiares pode suceder a muitos municípios do país, colocando milhares de pessoas em perigo, porque uma linha daquelas pode criar situações de consequências imprevisíveis". "E mesmo que não tivesse outras consequências, causou graves prejuízos, colocando milhares de pessoas sem energia eléctrica, causando avarias em vários equipamentos", sublinha o presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares."

in Lusa


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