quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Condições para haver emprego

Num país em constante luta por emprego vivemos num concelho onde se tenta fomentar a fixação de empresas que aumentem o número de pessoas empregadas. A própria Câmara tem permissivas para atrair novos investidores. No site da Câmara pode-se mesmo ler que esta tem conseguido "chamar até si muitos investidores, devido às excelentes condições postas aos industriais." Se as condições são as que estão no respectivo site, certamente não serão as únicas que são impostas. Antes o fossem!! E digo impostas, pois as histórias que se ouvem, são a de um presidente de câmara que além de dar as condições coloca imposições, e por isso os empresários fogem com as suas empresas para concelhos vizinhos. Minipreço e Lidl tentaram-se instalar em Poiares, mas tiriam de ser construidos onde o presidente quissesse e não onde pretendiam. Ou outra tipo de empresa que quase já teria uma forma de organização pensada pelo autarca. E assim vemos as coisas a passarem cada vez mais ao lado deste concelho que não tem os acessos necessários para aumentar os seus números de empregados. Será que o "quero, posso e mando" não tem limites? Quanto mais tempo se irá pactoar com este tipo de liderança que prejudica mais do que beneficia!?!

3 comentários:

Vítor Ramalho disse...

Subscrevo inteiramente este artigo, no entanto permita-me que ressalve uma situação, embora as grandes superfícies possam dar a ilusão que criam alguns postos de trabalho, elas acabam por ser as causadoras do fecho de muito comercio tradicional, o que faz com acabem muitos postos de trabalho. Por outro lado o emprego criado por estas empresas geridas pelo grande capital é normalmente precário e os salários de miséria.
É preciso lutar pela criação de postos de trabalho de empresas geridas por empresários que longe de procurarem o lucro a todo o custo pagam os devidos salários aos trabalhadores e garantem segurança no emprego.

Anónimo disse...

Ministério da Justiça adquire viaturas de luxo


LICÍNIO LIMA

Em época de contenção orçamental, e com a administração pública sujeita a restrições na aquisição de viaturas novas, por indicação do Decreto de Execução Orçamental para 2007, o ministro da Justiça acaba de comprar cinco automóveis topo de gama. O negócio, sem incluir o imposto automóvel (IA), de que as instituições públicas estão isentas, rondou um valor global de quase 176 mil euros (35 mil contos) e foi por ajuste directo, sem recurso a concurso público, e sem autorização do Ministério das Finanças. Poderá estar em causa a violação da lei.

O gabinete de imprensa de Alberto Costa, em esclarecimentos ao DN, confirmou a compra, mas garante que "o processo decorreu no estrito cumprimento do enquadramento legal". As Finanças, por seu lado, confirmaram as restrições às aquisições, mas até ao fecho da edição não se pronunciaram sobre o pedido de autorização.

Esta aquisição, executada pelo Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça (IGFIEJ) e autorizada por despacho do secretário de Estado adjunto do ministro da Justiça, Conde Rodrigues, está a provocar, segundo apurou o DN, algum mal-estar nos meandros judiciários, nomeadamente nos tribunais, uma vez que são constantes as queixas da falta de dinheiro para a compra dos materiais mais básicos. Por outro lado, os magistrados do Ministério Público recorrem normalmente à Polícia Judiciária para conseguirem uma viatura quando necessitam de realizar uma diligência.

Neste panorama de carência, um dos contemplados com um novo carro de alta cilindrada foi o presidente do IGFIEJ, com um Audi Limousine 2.0TDI, de 140 cavalos. Esta viatura, sem o IA, custou ao Estado 38 615,46 euros, com 2831 euros de equipamento opcional, nomeadamente caixa de 6 CD, computador de bordo a cores, sistema de navegação plus, sistema de ajuda ao parqueamento, alarme e pintura metalizada. Antes, João Manuel Pisco de Castro tinha ao seu dispor um outro Audi A6, com motorista de serviço, e um Peugeot 404, que conduzia pessoalmente. Estas viaturas tinham sido adquiridas em 2003. Mas também quatro Volkswagen Passat Limousine 2.0TDI - 34 257,40 cada -, foram para o Ministério: um para o gabinete de Alberto Costa, outro para o secretário de Estado João Tiago Silveira, outro para Conde Rodrigues, e o último para a secretaria geral.

O Ministério da Justiça, conforme foi explicado ao DN, recorre geralmente, para o seu serviço e inclusivamente para uso do ministro, a viaturas aprendidas, a maior parte oriunda do tráfico da droga. São, em geral, bons carros. Esta prática terá sido abandonada em época de contenção financeira.|

Anónimo disse...

No site do MJ, poder-se-á ler:

"Nota de Imprensa

Sobre a notícia de 13 de Novembro de 2007, publicada no Diário de Notícias sob o título “ Ministério da Justiça compra carros de luxo”, da autoria de Licínio Lima, esclarece-se o seguinte:

Ao contrário do noticiado, e como foi explicado ao autor da notícia em 12 de Novembro de 2007, a referida aquisição de veículos pelo Ministério da Justiça deu-se no estrito cumprimento do enquadramento legal.

Também ao contrário do que é dito, a aquisição realizou-se com a autorização do Ministério das Finanças. Pelo despacho 46/AC/07 do Director-Geral do Património em 3/4/2007, “proferido no uso dos poderes delegados/subdelegados pelo despacho n.º 10 874/2006 (2ª Série), de 2 de Maio de 2006, de S. Exª. o Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, publicado no DR II Série n.º 95 /2006, de 17 de Maio de 2006, foi autorizada a aquisição de quatro viaturas da marca Volkswagen pelo valor total de 135.717,60€, c/IVA incluído.” Pelo despacho 47/AC/07, na mesma data, ”foi autorizada a aquisição de uma viatura marca Audi, pelo valor de 35.784,46€, c/IVA incluído”.

Esta aquisição de veículos realizou-se através da Central de Compras do Estado ao abrigo de um contrato público de aprovisionamento celebrado pela Direcção-Geral do Património.

Note-se que estes serviços centrais do Ministério da Justiça perderam recentemente 14 viaturas, tendo 6 sido abatidas e 8 devolvidas, por ordem do Tribunal, à Polícia Judiciária e à Direcção-Geral do Património. A anterior aquisição de viaturas pelo Ministério da Justiça havia-se registado em 2001: dois Peugeot 406.

2007-11-13 Ministério da Justiça"

Cumprimentos